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Mari - Ballet OnLine

Giros - Verdades e Mentiras


O assunto "giros no Ballet" envolve várias dúvidas e por esse motivo, neste artigo algumas delas serão tratadas, com o intuito de reafirmar verdades e quebrar tabus.

A primeira pergunta é "joelho em X é ruim para fazer giros?". A realidade é que joelho em X é um problema, porque as meninas que o tem precisam trabalhar tudo de uma forma diferente e principalmente desenvolver consciência corporal para esse joelho que faz o eixo delas virar quase um oito. Então, é ruim sim, não pelo giro em si, não porque o joelho em X faz com que ela gire errado ou feio, mas sim porque é realmente muito difícil e necessário ter um conhecimento gigantesco do próprio eixo.

Pense que já é difícil girar, para nós que não temos joelhos em X, ou seja, temos o eixo retinho, imagine para as bailarinas que têm o joelho em X e o eixo forma um oito e elas precisam girar em cima dele... É mil vezes mais difícil.

A próxima pergunta é "o braço e a cabeça é quem faz o giro?", a resposta é sim, mas quem faz a quantidade de giros são as pernas, pois depende do quanto você pressiona o chão para subir, o quanto você puxa o joelho para trás durante o giro, é isso que determina a quantidade, mas quem realmente faz o passo é o braço e a cabeça.

"Cada um tem um eixo e uma maneira de se encaixar para girar" é verdade, em partes. As meninas que tem perna em X por exemplo, tem um eixo em forma de oito, ou seja, cada um tem o seu eixo, mas a forma de se encaixar não muda, pois todo mundo terá que ativar exatamente a mesma musculatura. Talvez mude apenas a intensidade de pessoa para pessoa, porém todas tem que colocar o xixi pra frente, para fazer a retificação da lombar, fechar as costelas e ativar as escápulas fortes para conseguir fazer o giro. A maneira de se encaixar é igual para quem tem joelho em X e para quem não tem, a diferença é que algumas terão que ativar mais escápulas por exemplo, do que concentrar mais a força em fechar as costelas, ou seja, varia a intensidade de contração, mas o encaixe é igual para todo mundo.

A próxima dúvida é "pirueteira realmente ajuda?", e sim, muito!!! A pirueteira ajuda porque nos auxilia a criar a dinâmica da cabeça sem fazer com que nosso corpo se canse tanto. Imagine você treinando bater cabeça, tendo que ficar girando muitas pirouettes seguidas, o quanto não iria cansar. Na pirueteira, por mais que você tenha fazer plié para empurrar o chão, você não está na meia ponta, a ativação da musculatura do pescoço para baixo é diferente. Então é uma maneira fantástica de treinarmos a cabeça para giro, por isso, use pirueteira!

"Bater cabeça para não ficar tonto?" a resposta é não, por incrível que pareça. Na verdade nós fazemos isso e ajuda a não ficar tonto, mas bater cabeça serve para direcionar o nosso giro. Mesmo que a bailarina esteja fazendo fouetté sem sair do lugar, ela ficará batendo cabeça naquele marco para direcionar por exemplo, a tirada do rond, ou em um chainé, no qual se marca a direção para onde se está indo.

Portanto, marcar cabeça é uma maneira de direcionar o nosso giro e por "coincidência" ela nos ajuda a não ficar tonto, mas o que realmente nos faz não ficar tonto é o treinamento do centro chamado cerebelo, que é o centro do equilíbrio e nos auxilia na nossa localização e faz com que não fiquemos tão tontas durante o giro. Uma outra coisa que a cabeça pode ajudar, a qual não podemos esquecer, é a questão de dar dinâmica no nosso tronco, pois a partir do momento que começamos a bater cabeça, o nosso tronco também acaba ganhando dinâmica para os giros.

Este foi o artigo com as verdades e mentiras sobre giros, assunto que causa muitas dúvidas!

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